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A pandemia de COVID-19 provocou mudanças significativas no ensino superior, obrigando as universidades a adaptarem-se rapidamente ao ensino remoto e à gestão eficiente de recursos. A crise colocou à prova a capacidade das instituições de rever processos, otimizar o uso de recursos e manter a qualidade do ensino e da investigação.
Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência do ensino superior europeu durante a pandemia, identificando ineficiências nas universidades e analisando o impacto da crise. A amostra inclui 30 universidades europeias, nos anos de 2019 e 2020, considerando duas perspetivas: operacional e financeira.
A metodologia utilizada foi a Value-Based Data Envelopment Analysis, complementada com o Índice de Produtividade Total dos Fatores, que permite medir variações de produtividade ao longo do tempo.
Os resultados sugerem que a pandemia poderá ter tido um impacto positivo na eficiência universitária. Em 2019, 16 universidades foram consideradas eficientes do ponto de vista operacional, aumentando para 19 em 2020. Na vertente financeira, o número passou de 17 para 18. A eficiência operacional associa-se à redução de doutoramentos e ao aumento de licenciados e mestres, enquanto a eficiência financeira relaciona-se com a minimização de despesas de capital.